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Thule testa as novas mochilas técnicas na Serra Fina

Evento reuniu mais de 20 participantes para um teste da nova linha de mochilas técnicas da Thule.

Estive presente no Refúgio Serra Fina, em Passa Quatro – Minas Gerais, para o lançamento e teste das novas mochilas técnicas da Thule que chegaram recentemente ao mercado nacional. As três linhas apresentadas são fruto de um desenvolvimento detalhado que levou cerca de 3 ou 4 anos entre testes e mais testes antes de sair dos laboratórios para o mercado internacional.

Serra Fina - Teste Thule

Passando pela crista em direção ao Capim Amarelo (2570m) | Foto: Rafael Kosoniscs

A Thule apresentou suas mochilas de ataque e semi-cargueiras (Linha Capstone), as cargueiras (Linha Guidepost), o child carrier, chamado de Sapling, a duffle bag Chasm e alguns protótipos. Entre os convidados do evento estavam atletas, guias de montanha, lojistas, colaboradores da revista Go Outside, clientes da marca, blogs e sites. Todos os vinte e cinco participantes foram recebidos com muita eficiência e carinho pela equipe do Refúgio Serra Fina, sob o comando atencioso do Maurício Anchovas e da esposa dele.

Serra Fina

Refúgio Serra Fina – Passa Quatro – Minas Gerais

A Thule

A marca nasceu pelas mãos de Erik Thulin em 1942, na Suécia. Ao longo destes anos novos produtos foram desenvolvidos e aperfeiçoados, itens desenhados com uma atenção minimalista e uma engenharia surpreendente. A marca tem o foco na melhor experiência possível para o usuário, ideias inteligentes que facilitam a vida de quem usa seus produtos. E como era de se esperar não foi diferente com a linha de mochilas técnicas.

A Thule o ajuda a transportar tudo o que importa com segurança, facilidade e estilo de forma que você fique livre para desfrutar de sua vida ativa. Acreditamos no valor de uma vida ativa, esteja você na cidade ou ao ar livre. Para a nossa própria saúde e felicidade como seres humanos e, também, por respeito e cuidado com o mundo ao nosso redor.
 
Seja qual for a sua paixão ou o seu objetivo. Onde quer que esteja indo ou o que quer que esteja trazendo. Com a Thule, você estará livre para desfrutar de sua vida ativa ao máximo.
 
Bring your board. (Traga sua prancha.)
Bring your bike. (Traga sua bike.)
Bring your skis. (Traga seus skis.)
Bring your love. (Traga seu amor.)
Bring your passion. (Traga sua paixão.)
Bring your dreams. (Traga seus sonhos.)
Bring your life. (Traga sua vida.)
 
*reprodução do site Thule Brasil.

As mochilas técnicas – Capstone e Guidepost

As mochilas apresentam características que chamam atenção, principalmente no que diz respeito ao ajuste fino dos costados, um ponto fundamental para a garantia de uma experiência confortável com uma mochila carregada em terrenos e situações dos mais variados tipos, seja no uso diário, em um mochilão ou em uma atividade de montanha. Outro ponto que se destaca é o design externo limpo, sem itens desnecessários, mas sem abrir mão da funcionalidade.

Na noite de sexta-feira, após uma apresentação da empresa, todos os participantes receberam mochilas e tiveram a oportunidade de conhecer mais de perto os detalhes de cada uma delas e também o ajuste ideal para cada pessoa. No dia seguinte iríamos testá-las durante uma caminhada de bate-volta no Capim Amarelo, ponto de acampamento do primeiro dia da Travessia da Serra Fina. O Trekking Brasil testou a mochila de ataque Capstone 40 durante estes dias. A mochila está conosco, será testada em outras situações e receberá um review detalhado aqui no site assim que acabarmos a bateria de testes.

Thule Mochilas

Detalhes das duas linhas de mochilas técnicas – traduzido e adaptado do guia de Mochilas Técnicas da marca.

A linha Capstone

Uma curiosdade: “Capstone” é aquela pedrinha que fica no alto dos tótens usados para sinalizar as trilhas, a primeira pedrinha de cima é a “capstone”. E também é o nome escolhido pela Thule para batizar a linha de mochilas com capacidades de 22, 32, 40 e 50 litros. Esta série é dividida em modelos femininos e masculinos que possuem diferenças nas cores, no design da barrigueira e também no formato das alças.

Todos os modelos, exceto a Capstone 22, possuem ajuste do comprimento do torso atrás do costado telado. O “MicroAdjust Suspension System” permite a regulagem da altura das alças em 28 pontos diferentes, 100mm de diferença na medida do torso, desta forma a Capstone pode se adaptar em pessoas mais baixas ou mais altas sem afetar o conforto. Corpo é feito em Cordura Nylon 210D e 315D, com bolsos nas barrigueiras, suporte para reservatório de água, capa de chuva, zíperes duplos YKK com puxadores grandes, fitas de compressão e um bolso frontal expansível.

Thule Mochilas Técnicas

Modelo Capstone 40

A linha Guidepost

O nome “Guidepost” vem das placas de sinalização que encontramos nas trilhas. Nesta linha estão as mochilas cargueiras com capacidades de 65, 75 e 88 litros! Algumas características chamaram a minha atenção:

A barrigueira é destacável e existem 3 tamanhos diferentes para homens (S, M e L) e outros três para mulheres (XS, S e M). Isto mesmo, é possível trocar a barrigueira da mochila de acordo com o perfil do usuário. O modelo padrão quem acompanha a Guidepost funciona para 90% dos casos, porém existem tamanhos extras para pessoas com cinturas mais finas ou mais largas. Além desta facilidade, a barrigueira é montada sob um sistema de pivô articulado que faz com que ela seja capaz de se movimentar em ângulos de até 30 graus acompanhando os movimentos do corpo durante a caminhada.

Guidepost Thule

Ajuste de tamanho na barrigueira padrão que acompanha a mochila | Foto: Giuliano Bertazzolo

Ajuste da distância entre as alças. Elas podem ser ajustadas em três posições diferentes, variando 30mm entre o ajuste menor e o maior. Isso melhora o conforto para os usuários independente dos ombros mais largos ou mais estreitos.

Já o ajuste da altura das alças (comprimento do torso) pode variar em até 150mm na linha Guidepost.

A tampa da Guidepost pode ser destacada e convertida em uma mochila para uso diário com aproximadamente 24 litros de capacidade.

As cargueiras de 65 e 75 litros possuem modelos masculinos e femininos, já o modelo de 88 litros foi feito exclusivamente para o público masculino.

Na minha opinião a Guidepost tem um detalhe negativo que pode ser observado facilmente: a falta da capa de chuva inclusa – entretanto ela pode ser comprada separadamente, como um acessório.

Thule

Detalhes da Guidepost – tampa que vira mochila daypack, sistema de ajustes do costado e pivô articulado da barrigueira

O primeiro teste – uma trilha até o Capim Amarelo

No sábado aproveitamos o café da manhã espetacular do refúgio e partimos para algumas horas de caminhada até o Capim Amarelo, uma subida puxada sob um sol forte. A mochila que usei estava carregada com três litros de água, acessórios, anorak, fleece, roupas extras (para fazer peso/volume), lanche e o case da câmera fotográfica. Não entrarei em detalhes desta experiência agora, pois tudo isso será comentado no review da Capstone 40. O que posso adiantar é que a mochila se comportou muito bem ao longo deste dia de trilha! Além do modelo que usei, os outros participantes estavam testando as Capstone 22, 32, 40 e 50. Alguns outros estavam com a Guidepost 65 e com a Guidepost 88 litros.

Evento Thule

Café da manhã no Refúgio Serra Fina

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Thule Teste - Mochilas Técnicas

O casal Rafael Eustachio e Luana Preterotti com dois modelos de mochilas da linha Capstone.

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Thule Teste - Mochilas Técnicas

Da esquerda para direita: Mario Mele, Sidney Togumi, Evandro Clunc, Eduardo e Luis Yoiti.

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Thule Teste - Mochilas Técnicas

Rafael Kosoniscs, Gisely Bohrer e Carlos Santalena ao fundo. Em primeiro plano Luis Yoiti.


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Teste das mochilas Thule

Juliana de Morais, Maurício Anchovas, Luana Preterotti, Rafael Eustachio, José Eduardo Sartor e Evandro Clunc no Quartizito.

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Teste das Mochilas Thule

Luiz Yoiti, Evandro Clunc, Gisely Bohrer e Rafael Kosoniscs na crista da Serra Fina

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Teste das Mochilas Thule

Mario Melle, da Revista Go Outside, com a mochila Capstone 50

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Teste Mochilas Thule

Grupo que completou a caminhada até o Capim Amarelo | Foto: Luis Mazzotini (Cabelo)

Equipe Thule

Juliana de Moraes junto com a Equipe Thule no alto do Capim Amarelo.

Objetivo alcançado, a alma lavada e o corpo cansado, como deve ser! Agora era hora de descer de volta ao refúgio. Um belo jantar, muita conversa boa e uma noite de filmes nos esperavam por lá. No domingo saímos para um segundo teste, este mais rápido, uma trilha de cerca de 30/40 minutos até o Poço do Alto, parte da propriedade do Refúgio Serra Fina. Nesta segunda caminhada eu estava com a minha mochila completamente cheia, com tudo que eu levaria de volta para casa. Um bom teste para saber como a Capstone 40 se comportaria em sua capacidade máxima, ainda que o percurso fosse curto. Algumas pessoas do grupo optaram por fazer esta trilha com as tampas das cargueiras Guidepost, e pelos comentários, quem usou a tampa/mochilinha gostou bastante desta possibilidade.

O que eu achei das mochilas?

Nós aqui do TB continuaremos testando a mochila Thule Capstone 40 por algum tempo antes de lançarmos a nossa avaliação completa dela. Porém, posso falar que a marca sueca não chegou ao mercado de mochilas técnicas com um projeto para ser lapidado. As linhas de mochilas da Thule chegaram com a mesma qualidade de grandes marcas internacionais e com outras inovações técnicas que irão fazer com que elas conquistem espaço no mercado e adeptos fiéis, ao menos é o que imagino. Aguardem o nosso review detalhado!!

Mochilas Técnicas Thule

Costado em tela da Capstone 40

Agradecimentos

Tive o privilégio de passar alguns dias em companhia de pessoas excelentes, alguns amigos antigos e outros novos. Gostaria muito de agradecer a todos por estes dias! Obrigado Giuliano Bertazzolo pelo convite! Parabéns para a Equipe da Thule por realizar um evento realmente incrível e parabéns também para toda a equipe do Refúgio Serra Fina – acredito que todos se sentiram em casa com tanta atenção e carinho que vocês nos deram. Aos participantes meu muito obrigado pelos bons momentos! Espero que eu possa estar com vocês nas montanhas em alguma outra oportunidade. Boas risadas, boas conversas e paixões em comum são sempre algo que devemos cultivar. Ao Nelson Barretta, meu obrigado pela carona e por tudo mais!

Além do Trekking Brasil dois outros blogs da Rede de Blogs Outdoor (RBO) estiveram presentes no encontro, o Seu Mochilão (Rafael Kosoniscs) e A Montanhista (Gisely Bohrer).

Trekker, montanhista, mochileiro e ciclista. Pratica esportes outdoor desde 1990. Apaixonado por equipamentos, fotografia, viagens, ciclismo, cerveja e tecnologia.

5 Comentários

  1. Excelente artigo. Mochilas cheias de recursos, me pareceram bem interessantes.
    Aguardando ansiosamente o review delas feita pelo TB.

  2. Excelente relato… Tenho certeza que tiveram um ótimo final de semana. Estamos loucos para conhecer pessoalmente a mochila. Mas fiquei em dúvida sobre a barrigueira, tu comentou que ela pode ser trocada, isso significa que elas podem ser vendidas a parte?

    1. Olá pessoal do FuiAcampar! Acabei de conversar com os colaboradores da Thule e fui informado que a barrigueira padrão que acompanha a mochila se adapta na maioria dos usuários, porém, em casos de pessoas com a cintura menor ou maior, será possível trocar a barrigueira na loja, caso a loja tenha. Eles nos informaram que a partir de meados deste mês um lote de barrigueiras já estará chegando ao país para esta função de troca.

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