A Warm Up II é uma evolução de outro modelo com o mesmo nome “Warm up”, esta segunda versão foi lançada em 2014 e veio com um novo design, sem o capuz e com um enchimento melhor. Trata-se de uma jaqueta para aquecimento, leve, compacta e com enchimento em Power Down 600, composto de plumas de pato e penas de pato (90/10), isto é, 90% de plumas e 10% de penas de pato. Vale citar que ela não é uma jaqueta com função de anorak, ainda que o tecido tenha tratamento para repelir a água. A função principal da Warm Up II é aquecer.
O grande destaque da Warm UP II está na capacidade de aliar três fatores positivos: bom aquecimento, baixo peso e compressibilidade. A jaqueta tem apenas 420g e fica bem pequena quando colocada dentro da bolsa de transporte que a acompanha, sendo uma boa solução nas viagens para locais frios (como a Patagônia, sul do Brasil, hemisfério norte…), bem como uma opção na mochila de quem se aventura por aí e precisa de uma jaqueta que não faça volume e agregue uma boa capacidade de aquecimento. Na minha opinião a Warm Up II se sairá melhor nas viagens e no uso urbano do que no outdoor, principalmente se a intenção do usuário for vesti-la em alta montanha. Não vejo problemas no uso dessa jaqueta em altitudes um pouco maiores (até os 5000m) – ainda mais se combinada com outras camadas de aquecimento. Contudo, a falta de um capuz, de um ajuste melhor no punho e até mesmo de um bolso externo na altura do peito acaba reduzindo um pouco a funcionalidade da Warm UP II nesta situação específica de montanha. Ainda assim se a atividade de montanha for mais leve, como passeios em estações de ski ou trekkings menos técnicos em altitude, a jaqueta funcionará muito bem.
Na linha de cintura encontram-se dois ajustes para permitir que o usuário feche a jaqueta e impeça uma perda do aquecimento. A Warm Up II conta com bolsos laterais externos para as mãos, ambos com fechamento em zíper. Todos os puxadores dos zíperes apresentam um cordão que facilita bem o manuseio com camadas de luvas intermediárias.
Testei a jaqueta durante cerca de duas semanas na região sul do país, em Porto Alegre e na Serra Gaúcha, com temperaturas variando entre 5 e 10 graus sem levar em conta o vento. Ela foi testada com uma camisa de malha por baixo e com o conjunto “camisa + segunda pele” – tanto na cidade quanto em caminhadas. Em ambos os casos ela não me deixou sentir frio, e durante a caminhada com a camisa e a segunda pele precisei até retirá-la em alguns momentos. Durante o uso algumas penas (4) escaparam pelas costuras, coisa normal em muitos modelos de jaquetas com este tipo de enchimento. Nos testes de impermeabilidade do tecido a jaqueta se saiu bem como você poderá ver no vídeo mais abaixo. Mesmo com esse resultado vale citar que ela não é 100% impermeável, principalmente por causa das costuras, ou seja, em caso de chuvas fortes em períodos longos de exposição ela poderá passar água. Entretanto pequenas chuvas ou sereno não deverão representar problemas.
UPDATE: 15-07-2014 – Quando eu menciono no vídeo “penas de ganso e de pato” na verdade o correto é plumas de pato e penas de pato.
Vídeo review
Avaliação
- Produto: Jaqueta Warm Up II
- Uso: urbano, viagens e trekkings em locais frios sem vegetação fechada
- Fabricante: Solo
- Site da Marca: www.solobr.com
- Tem modelo feminino e masculino: Sim
- Tamanhos: P, M, G e GG (o modelo feminino tem PP)
- Peso: 420g (masculino) / 360g (feminino)
- Materiais: exterior: 100% poliamida | enchimento: 90% plumas de pato e 10% penas de pato (Power Down 600) | forro: 100% poliamida
Pontos positivos e negativos
- Pontos positivos: compacta, hidro repelente, leve e com boa capacidade de aquecimento
- Pontos negativos: faltou um capuz e um ajuste melhor de punho. A modelagem é grande, o tamanho P masculino vestiu sem problemas em uma pessoa que veste M – em alguns casos isso não chega a ser um ponto negativo, mas merece atenção no momento da compra pela internet.
Comentários finais
A Warm Up II me agradou muito como opção de jaqueta para uso em viagens que peçam roupas com essa característica de aquecimento. Outro fator que deve ser levado em conta é a compressibilidade dela, dentro da sacola de transporte a jaqueta fica bem compacta e pode ficar ainda menor se for colocada em um saco de compressão.
Recomendaria ela para uso urbano, viagens em geral e uso outdoor moderado – em acampamentos e trekkings medianos (sem complexidade técnica) em regiões de clima frio. Um detalhe que é importante avisar: esta é uma jaqueta para uso em ambientes abertos, ela não vai se dar bem em trekkings com vegetação fechada por causa do tecido externo que não foi feito pensando neste contato com a vegetação (aliás esse tipo de jaqueta não é para situações assim).
Eu comprei uma parecida, de uma marca espanhola chamada Mango, porém a composição é a mesma. Hoje foi a primeira vez que usei e me assustei com as penas saindo através das costuras e corri pra internet pra ver se era normal, já que eu nunca tinha usaso esse tipo de jaqueta antes. A sua ainda solta? Um abraço.
Dá pra usar um anorak por cima dela? E seria viável essa combinação? Ou seria melhor combinar um fleece mais pesado e o anorak? Vou subir o Pico da Bandeira. Grato!
Sim é possível Leandro mas o anorak terá que ser bem folgado. Quando eu fui ao Bandeira eu estava com uma boa segunda pele, uma camisa de dry fit, um bom fleece e um anorak. Além de gorro, luvas, etc. É um lugar bem frio durante o amanhecer, porém com o sol brilhando não costuma ser tão frio. Agora se a sua intenção é ver o sol nascendo lá em cima te prepara bem. Abs e boa trip.
Valeu pelas dicas e pela presteza, Mario. Acho que vou pegar um fleece mais grosso ao invés de pegar essa jaqueta, por enquanto. Obrigado. Abraço.