Piada velha essa, hein?? Mais do que batida. Eu posso dizer que alguém chega ao cume de uma montanha em busca de um momento de superação, paz e descobrimento pessoal. Outros pelo prazer da adrenalina e alguns simplesmente por que querem saber como é a vista lá de cima. O importante é que independente da minha resposta muitos ainda vão se perguntar “Mas por que alguém sofre tanto para escalar uma montanha??”, bem como dizem por aí, uma imagem vale mais que mil palavras, então que tal uma série de imagens??
Fotos: Mario Nery, 2010 – Serra dos Órgãos – Proibida a cópia e uso sem autorização do fotógrafo.
Pra terminar eu deixo vocês com algumas frases de grandes figuras do montanhismo, talvez isso ajude alguns a entender ainda mais o que se passa na nossa cabeça:
“Atualmente todos vivemos em um mundo dominado pelas máquinas. Quase não restam em nosso deteriorado planeta espaços livres, onde possamos esquecer nossa sociedade industrial e testar, sem sermos incomodados, nossas faculdades e energias primitivas. Em todos nós se esconde uma saudade do estado primogênito, com o qual podíamos calibrar-nos com a natureza e enfrentá-la, descobrindo a nós mesmos. Aqui está basicamente a razão de não haver para mim uma meta mais fascinante que esta: Um homem e uma montanha.” Por: Reinhold Messner
“Mas os dias que estes homens passam nas montanhas, são os dias em que realmente vivem.
Quando as cabeças se limpam das teias de aranha, e o sangue corre com força pelas veias.
Quando os cinco sentidos recobram a vitalidade, e o homem completo se torna mais sensível, e então já pode ouvir as vozes da natureza, e ver as belezas que só estavam ao alcance dos mais ousados.” Por: Reinhold Messner
“O prazer do risco está no controle necessário para experimentá-lo com segurança, fazendo com que o que parece ser perigoso para quem observa seja, para o participante, uma simples questão de inteligência, habilidade, intuição, coordenação, ou em uma palavra: experiência. Escalada em particular, é um passatempo paradoxalmente intelectual, mas com a seguinte diferença: você tem que pensar com seu corpo. Cada movimento tem que ser trabalhado como se você estivesse jogando xadrez com seu corpo. Se eu cometo um erro as consequências são imediatas, óbvias, embaraçosas, e provavelmente dolorosas. Por um curto período eu sou diretamente responsável pelas minhas ações. No belo, silencioso, mundo das montanhas, me parece válido esse pequeno risco.” Por: A. Alvarez
Bons ventos!
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