Bike

Pedal até o topo da cidade de São Paulo

Aventura, suor, diversão e arte em um pedal até o ponto mais alto da cidade de São Paulo: o Pico do Jaraguá. Com Rex Andarilho, Luisa Fioravante e Felipe Risada.

Em um agradável domingo de sol, nos encontramos de manhã na Praça Panamericana e logo seguimos rumo ao Pico do Jaraguá, o ponto mais alto de São Paulo, localizado na zona oeste da cidade. Pedalamos um pouco pelas “tranquilas ruas” do Alto da Lapa até chegar na Marginal do Rio Tietê. Cruzamos algumas pontes e já estávamos na Rodovia dos Bandeirantes, sabendo que nosso destino ainda estava mais alguns quilômetros à frente. Este era apenas o começo de uma aventura bem bacana!

Compartilhar as ruas de São Paulo com os motoristas, cruzar pontes e pedalar no acostamento de uma rodovia não é tarefa fácil, não mesmo; mas conseguimos sobreviver aos primeiros desafios da nossa pequena saga e pouco tempo depois chegamos na Estrada Turística do Jaraguá.

São Paulo de Bike

Atravessando uma das pontes sobre o Rio Tietê

Antes de subir, parada estratégica na Aldeia Guarani Tekoa Pyau, uma comunidade indígena bastante carente que fica próxima ao pico. Luisa e Risada estavam com os materiais preparados para uma intervenção artística por lá, procuramos o Pajé José Fernandes e recebemos a autorização para fazer a arte no muro. As bikes, as tintas e o movimento chamaram atenção da criançada da aldeia, trocamos algumas ideias, aprendizados e boas energias. A arte ficou pronta, nos despedimos dos pequenos e seguimos em frente.

Bicicleta

Criançada da aldeia, curiosa com nossas bicicletas.

O Pico do Jaraguá faz parte do Parque Estadual do Jaraguá, uma unidade de conservação que compõe o cinturão verde da metrópole, com vegetação de Mata Atlântica e estrutura para receber visitantes. Quem deseja subir caminhando, pode ir pela entrada que tem o acesso às trilhas. No nosso caso, fomos direto pela entrada da via asfaltada que leva até o topo, o mesmo caminho utilizado por quem deseja subir de carro.

Placa São Paulo

Placa desatualizada!

No início desta estrada, junto à portaria, tem uma placa dizendo que é proibido o tráfego de bicicletas. Não se assuste, ela serve apenas como lembrança de antigas regras do local. O acesso é permitido livremente para quem vai pedalando sim, desde que esteja com capacete. Putz! E não é que vacilamos, e o Risada estava sem o dito cujo? Nenhuma loja no local ou outro estabelecimento que pudesse ter uma solução pra gente, o jeito foi voltar na aldeia pra ver o que conseguíamos. Algumas conversas, explicações e em poucos minutos Risada conseguiu alugar um capacete bem “mais ou menos”, do ponto de vista de segurança, mas suficiente para cumprir a regra estabelecida. Assim sendo, o guardinha nos deixou subir e fomos então para o próximo desafio da aventura: a subida!

Vá de BIke

Rex, Risada e Luisa, no alto do Jaraguá.

Para chegar até o cume, a única solução era colocar força nas pernas e pedalar morro acima, os mais de 4 km da tal estrada. Levamos um tempo nesta parte do trajeto, cada um no seu ritmo, com algumas poucas paradas, bastante suor e muitas pedaladas mesmo.

Acompanhados pela garoa, chegamos na parte mais alta do Parque, amarramos as bikes e fomos encarar a pé a escadaria final. E então, depois de um bocado de esforço, chegamos finalmente ao nosso objetivo, o cume do Pico do Jaraguá com seus 1.135 metros! Heee!

Pico do Jaraguá

Para baixo e avante! ;-)

Um tempinho pra curtir o lugar, apreciar a vista ainda que com uma garoa mais forte, papo vai, papo vem, beleza então vamos descer? Voltamos para as bicicletas, preparamos tudo e lá fomos nós estrada abaixo, aproveitando e curtindo o visual, o lugar, a aventura! Com o chão molhado a descida foi um tanto quanto cautelosa, porém não menos divertida! Foi demais, foi mesmo bem legal, recomendo o rolê!

Finalizamos este super dia com uma parada num boteco ali perto, desta vez com muita chuva, e chuva forte! O trajeto de volta fizemos de trem. 

Gratidão aos companheiros de aventura!

E um abraço do Rex, a todos que aqui nos prestigiam. Até breve.

É um andarilho que gosta de conhecer pessoas, lugares e realidades deste incrível planeta. Atualmente trabalha como Bike-Repórter e também como Educador Socioambiental na cidade de São Paulo. Seu principal veículo de transporte é a bicicleta.

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