Texto e fotos: Elias Luiz | Editor do Portal Extremos www.extremos.com.br
“Existe todo tipo de aventureiro, desde os mais pragmáticos aos “paz e amor”.
É interessante ver como cada pessoa encara sua aventura, acredito que isso reflete a personalidade de cada um.
Já experimentei os dois tipos de viagens, “Solo” e em “Equipe”.
Acredito que uma viagem solo é muito bem aproveitada, pois você estará encarregado de tudo, não terá um parceiro(a) que irá ajudar em determinadas tarefas, você será o responsável por tudo, roteiro, finanças, se comunicar, trabalhar com três ou quatro moedas diferentes e muito mais. A experiência adquirida é enorme. Isso não significa que você viajará realmente sozinho, pois em cada cidade ou roteiro você irá se integrar a um grupo e fazer novas amizades.
É comum quando estamos em uma equipe um dos membros praticamente não faz nada e outro assume a maioria das responsabilidades, deixando os outros a mercê. Nessa situação a maior experiência está em administrar conflitos e trabalhar em equipe.
Não faço o estilo pragmático nem o paz e amor, acredito que fico no meio termo. Deixo muitas coisas a serem resolvidas ao acaso. Mas por trás disso há muito planejamento. Costumo fazer o meu roteiro e orçamento bem antes da viagem. Mas quando coloco a mochila nas costas a planilha de roteiro literalmente fica em casa. Deixo as coisas acontecerem naturalmente, nunca fiz reserva de hotel, nem reservas de roteiros. Primo pelo simples fato de que não sei o que irei encontrar pela frente, pode ser que eu goste de um determinado lugar e prefira ficar lá por mais dias, como aconteceu em Cuzco, pode ser que tenho que cancelar parte do roteiro como já aconteceu na Região dos Lagos no Chile, poder ser que eu mude e inclua mais um roteiro, como já aconteceu na Patagônia onde após recomendação de um fotógrafo italiano decidi conhecer El Chaltén que hoje considero o meu lugar preferido na América do Sul. Se não fosse o acaso muitas experiências não teria vivido, muitos lugares não teria conhecido.
Acredito que quando a gente deixa a viagem por conta do acaso, a preocupação com datas, locais, qualidade do hotel, se o lugar é bom ou não, isso tudo se dissipa, pois você tem o livre arbítrio de escolher o que é melhor para você naquele momento, e assim a sua viagem vai sendo criada a cada dia, e será uma boa surpresa todo dia ou uma boa tarefa de como se livrar de enrascadas.
Aventura para mim é prazer e uma forma de adquirir muita experiência in loco. Já trabalhamos com regras, pressões e prazos, não precisamos disso em nossas aventuras.
Bons ventos.”
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