Viagens e Aventuras

Morro e cachoeira do Alicate – Petrópolis – Rio de Janeiro

O Parnaso, PNSO ou simplesmente Parque Nacional da Serra dos Órgãos é uma área de proteção situada na serra de mesmo nome aqui no Rio de Janeiro. O PNSO abriga uma diversidade grande de fauna e flora bem como belas paisagens e montanhas – há quem diga que a mais bonita travessia do país se encontra aqui – a Travessia Petrópolis-Teresópolis. Essa maravilha da natureza foi o nosso palco nesta trilha até o Morro do Alicate, com uma passagem pela Cachoeira do Alicate, ambos localizados na cidade de Petrópolis, dentro da área pertencente ao PNSO.

O Morro do Alicate (1680m) é uma montanha situada no meio do Vale do Bonfim e tem uma vista muito semelhante a da Pedra do Queijo – que fica no caminho do primeiro dia da Travessia Petrô-Terê. Aliás a trilha que vai para o Alicate é uma bifurcação da trilha que sobe para o morro do Açu – ponto de acampamento do primeiro dia da travessia.

Morro do Alicate

Vista do Vale do Bonfim a partir do cume do Alicate

Saímos do Rio de Janeiro bem cedo em dois carros, nos encontramos na Casa do Alemão da Washington Luis as 06:30 da manhã da terça-feira de carnaval, estávamos eu, Elias Maio, Fábio Gonçalves, Wilton Martins e Gustavo Machado, integrante do CEP. Partimos rumo a Petrópolis e paramos na Padaria de Bonsucesso para o tradicional pão francês com queijo minas na chapa. Lá encontramos com o Casal Fliess – Fábio e Letícia. Café da manhã tomado lá fomos nós subir para a sede do PNSO em Correias. No meio do caminho pegamos o Flávio Varricchio e seguimos para a portaria do parque. Compramos os ingressos (R$ 27,50 para quem não é morador ou filiado a algum clube de montanha), nos despedimos do Léo Holderbaum que estava na entrada do parque nesta manhã e seguimos a trilha que sai da portaria rumo a parte alta do Parque.

Vista do Morro do Alicate

Vista das montanhas ao redor do Morro do Alicate

A trilha para o Morro do Alicate é a mesma do Morro do Açú, basta seguir a trilha mantendo sempre em frente nas duas bifurcações sinalizadas. São mais ou menos 2h e 30min de caminhada (total até o cume) subindo e descendo em alguns pontos da trilha. Após um trecho de zig-zag é possível ver em uma das curvas uma trilha que desce na esquerda, neste mesmo ponto será possível ouvir o barulho da água da cachoeira. Desça e tenha cuidado, apesar de estar muito mais aberta do que estava há algum tempo a trilha aqui é bem diferente daquela onde caminhamos antes, ela é mais fechada, escura e mais escorregadia, além de bem ingrime, o que exige uma certa atenção do caminhante e uma boa dose de cuidado com os escorregões. A dica é usar as mãos para se apoiar nas árvores ao redor do caminho.

cachoeira do Véu da Noiva

Vista da parte de cima da cachoeira do Véu da Noiva a partir do cume do Morro do Alicate

Se mantenha na trilha até encontrar o rio, cruze para o outro lado através das pedras e depois vire-se e olhe para a esquerda da margem de onde você saiu, a trilha que você verá é justamente a que vai para Cachoeira do Alicate – uma bela queda d’água com dois poços, um menor e outro um pouco maior. A grande pedida desta cachoeira é que ela é pouco conhecida e por isso mesmo é bem provável que você chegará até lá e estará sozinho… Mas bem, optamos por continuar direto até o cume do Alicate e depois na volta passaríamos na cachoeira. Após cruzar a margem do rio a trilha entra num trecho de subida forte, com um terreno bem ruim e onde as árvores e arbustos ao lado da trilha servirão como bons apoios. Aqui é só subir! Vamos que vamos, no velho ritmo do “toca pra cima”.

Flores PNSO

Exemplo de flora no cume do Morro do Alicate

folha vermelha

Pequenos caprichos da natureza...

O cume do Alicate aparece logo depois que a trilha para de subir e fica plana. Antigamente existia um livro de cume embaixo do totem de pedras que marca o topo – mas infelizmente alguém resolveu sumir com ele… A vista do cume é de frente para o vale do Bonfim e lembra muito a vista da Pedra do Queijo – como eu já falei antes. Além disso existe um segundo mirante onde é possível ver a parte de cima da queda da Cachoeira do Véu da Noiva, situada em uma bifurcação da trilha inicial que sai lá da portaria do parque (se você olhar as placas no caminho verá a opção que indica a trilha para o Véu da Noiva).

Morro do Alicate

Galera reunida no cume do Morro do Alicate

Paramos para comer e fotografar alguns pontos da vista e da flora local. Depois de muito bate babo e algumas fotos era hora de descer e aproveitar a cachoeira do Alicate. Descemos a quando chegamos no rio atravessamos para o outro lado e pegamos a trilha da esquerda. Esta trilha também está um pouco fechada e com o terreno bem escorregadio devido a umidade e a vegetação “deitada” sobre a trilha. O caminho apresenta bifurcações para esquerda em dois pontos, mantenha em frente. A caminhada é bem curta, ao chegar na cachoeira você vai estar de frente para um dos poços, contorne ele pela esquerda e suba um pedaço da lage de rocha para aproveitar melhor a queda d’água. Tenha cuidado pois alguns pontos estão cobertos por limo e outros são bem escorregadios por causa da água.

cachoeira parque nacional da serra dos órgãos

Cachoeira do Alicate

Trilha da cachoeira do Alicate

Poço menor da Cachoeira do Alicate

PNSO

Detalhes...

A trilha e a vista compensam muito, mas tenha em mente que é uma trilha mais fechada e bem cansativa devida ao terreno ingrime e a situação mais rústica do caminho… Vale a pena para quem tem um pouco de experiência e está em boa forma…

Depois de sairmos do PNSO paramos na Casa do Alemão para finalizar o dia com um pão com linguiça e queijo, mostarda escura, um croquete de carne e um bom copo de coca-cola gelada! Valeu a pena para por o papo em dia e rir um pouco mais!

Mais um bom dia na montanha com os bons amigos de sempre e alguns novos! Bons ventos e até a próxima!

Borboleta

Pequena modelo!

Trekker, montanhista, mochileiro e ciclista. Pratica esportes outdoor desde 1990. Apaixonado por equipamentos, fotografia, viagens, ciclismo, cerveja e tecnologia.

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