4º dia – 13nov10 – PETAR (Apiaí e Iporanga / SP)
Há muito tempo tinha vontade de conhecer o PETAR (Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira – “O parque das cavernas”), mas sempre com aquela lista enorme de destinos na mochila, nunca calhou de uma viagem pra esse lugar tão lindo. E dessa vez, muito bem acompanhada pela Expedição AirCross lá íamos nós.
Pudemos cair da cama um pouco mais tarde, pois teríamos o dia todo de atividades nas redondezas. Fomos divididos em 2 grupos. O primeiro seguiu para o Quilombo do Ivaporunduva (que é formado por 80 famílias de comunidades caiçaras, índios Guarani, pescadores tradicionais e pequenos produtores rurais). E o segundo grupo, que eu fazia parte, seguiu para a caverna Alambari de baixo, em Iporanga.
Minha segunda vez em caverna e a primeira em caverna com água. Para chegar fizemos uma trilha de uns 30 minutos, passando por trechos de riacho, pontes e muito sobe e desce. Logo na entrada da caverna já fiquei maravilhada com o visual. Enxergamos a caverna de cima e o primeiro salão é gigantesco, onde podemos ver a fomação de algumas estalactites.
Iniciamos a descida, pelas rochas e já dentro da caverna caminhamos pouco mais de 10 minutos e demos de cara com um filhote de jararacucú. O Croco foi logo tratando de explicar tudo sobre a cobra, auxiliar nas fotos e tirá-la do caminho para que ela seguisse em segurança…e nós também!
Depois disso chegou a hora de atravessamos o primeiro trecho de água, que não passava do joelho, mas estava geladíssima.
Os próximos dois salões foram com água na cintura e pescoço… e em alguns trechos tive mesmo que bater os pés e apoiar em quem estava na minha frente, pois não alcançava o chão. Congelei não só as belíssimas imagens na cabeça, como os pés e as mãos… brrrrrrrrrrrrrr…
Num dos trechos dentro da caverna desligamos todas as luzes de nossas headlamp e (tentamos) um silêncio absoluto. Foi sensacional! Um breu incrível e só ouvíamos o som das gotas das estalactites caindo na água. Experiêcia única e inesquecível!
Da caverna seguimos novamente para Apiaí, na cachoeira Arapongas, onde rolou um cascading de 60m. Experiência diferente das que já tive com essa atividade esportiva, pois dessa vez fiz um cascading guiado, onde a corda não fica tocando a parede da cachoeira e sim esticada até as pedras na sua frente. O frio estava intenso mas nada que tirasse o bom humor da galera!
Todos estavam torcendo pra que São Pedro desse uma trégua com as nuvens e nos mandasse logo um lindo dia de sol pra esquentar ainda mais a expedição!
A noite rolou uma fogueira, com um trio de músicos da região, Filhos de Iporanga. Muita moda de viola da boa. E o Gabriel, nosso músico expedicionário, os acompanhou no acordeon. Mais tarde ainda improvisou uma quadrilha animadíssima.
Após o final das filmagens ainda rolou um forrozinho no salão do bar ao lado! Delícia de dia!
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